Consumidores de Santa Catarina discutem desafios e avanços do setor

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A modernização do setor elétrico está em debate no Grupo de Trabalho criado pelo Governo Federal. Até o último semestre deste ano será apresentado um Plano de Ação para o enfrentamento de diversas questões ligadas ao suprimento e ao mercado de energia – a maioria delas com impactos diretos no bolso do consumidor. A ANACE quer levar essa discussão até as empresas e, por isso, vai realizar reuniões de trabalho em diferentes lugares do Brasil. O primeiro GT de Energia itinerante da entidade aconteceu no dia 11 de julho, em Joinville (SC).

A energia elétrica é um insumo de extrema importância para o setor industrial. “Dependendo da atividade a despesa com energia elétrica pode corresponder a 30% ou mais dos custos de produção”, explica Carlos Faria, presidente da ANACE. A indústria correspondeu a 27,1% do PIB do estado em 2016, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina.

O parque industrial do estado é o quinto maior do País. Dentre todos os postos de trabalho de Santa Catarina, 33,9% estão na indústria, segundo dados da FIESC. O Estado também possui três milhões de unidades consumidoras que correspondem a 4,6% do volume de energia elétrica utilizada no Brasil. “O consumidor é a razão de ser do setor de energia; é sob essa ótica que pretendemos debater os avanços e os desafios do setor”, afirma Faria.

A proposta do Governo Federal para a modernização do setor elétrico contempla temas como a abertura do mercado livre de energia, formação de preços, racionalização de encargos e subsídios, sistemática dos leilões para contratação de energia, entre outros.  “Reformar o setor é urgente e extremamente importante para a economia nacional, mas esse processo não pode ser conduzido às custas do consumidor”, conclui Faria.

O evento ocorreu na Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), às 14h. O debate sobre a modernização foi dividido em três perspectivas: institucional, jurídica e regulatória e técnica. Os representantes da ANACE abordaram, ainda, o Novo Mercado de Gás, outra proposta do governo que trará impactos para a indústria.