MPF pede explicações sobre revisão das regras para quem gera própria energia

MPF pede explicações sobre revisão das regras para quem gera própria energia

Aneel aprovou proposta no dia 15

MME prestará esclarecimentos

Possível inconstitucionalidade

O ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) terá que prestar explicações ao MPF (Ministério Público Federal) sobre a proposta de mudanças nas regras para os consumidores que geram a própria energia. Em 15 de outubro, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a abertura de consulta pública sobre o fim dos subsídios para a geração distribuída.

O órgão regulador propõe que os consumidores que geram a própria energia passem a pagar o uso da rede de distribuição e os encargos cobrados na conta de luz. Pelo modelo atual, esses custos são rateados nas contas de luz de todos os outros usuários do sistema elétrico brasileiro.

A agência reguladora e parte do setor elétrico defendem que as mudanças na modalidade de geração de energia permite que a tecnologia se desenvolva sem impactar a tarifa de energia dos consumidores que não possuem o sistema. Durante apresentação do voto, o diretor da agência e relator do processo, Rodrigo Limp, afirmou que os incentivos vigentes nos últimos anos fomentaram o setor, que alcançou maturidade.

O Ministério Público também encaminhou ofício para o presidente da Aneel, André Pepitone, para conhecimento da discussão do assunto. Ainda, solicitou que o presidente executivo da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Rodrigo Sauaia, envie, no prazo de 10 dias, informações sobre os motivos que a alteração da legislação prejudicaria o desenvolvimento do setor.

De acordo com o MPF, a decisão de abertura do processo administrativo foi tomada no dia 23 de outubro. O questionamento é se a mudanças na lei ofendem a Constituição, que determina a liberdade de iniciativa em 1 ambiente de segurança jurídica. Caso as violações sejam confirmadas, o MPF poderá tomar medidas extrajudiciais ou judiciais e promover medidas de proteção aos consumidores e agentes econômicos do mercado.