ONS reduz para 1,6% previsão de alta do consumo de energia em 2018

ONS reduz para 1,6% previsão de alta do consumo de energia em 2018

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a previsão de crescimento do consumo de energia este ano, de 3% para 1,6%. O dado faz parte da 2ª Revisão Quadrimestral do Planejamento Anual da Operação Energética 2018-2022, divulgada ontem pelo órgão, junto com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

De acordo com as entidades, a redução da previsão de consumo de energia este ano, de 68.013 megawatts (MW) médios para 66.645 MW médios, se deve principalmente à queda brusca das expectativas de crescimento econômico do país, a partir de maio deste ano. A projeção anterior das três instituições considerava uma previsão de alta do PIB 2,6% este ano. A nova projeção de aumento do PIB considerada no estudo é de 1,6% – estimativa oficial da equipe econômica.

Segundo o documento, a redução da previsão para este ano também foi impactada pela greve dos caminhoneiros, ocorrida nas duas últimas semanas de maio e que afetou “significativamente a atividade econômica”.

Com relação a 2019, as entidades também reduziram, de 3,9% para 3,7% a previsão de crescimento do consumo de energia. A projeção também foi impactada pela revisão da previsão de alta do PIB para aquele ano, de 2,6% para 2,3%.

A greve dos caminhoneiros também foi responsável pela queda de 0,4% do consumo de energia do país em junho, em relação a igual período do ano passado, totalizando 37.791 gigawatts-hora (GWh), de acordo com a EPE. Com relação setor industrial, que responde por quase 40% da demanda total de energia do país, o consumo em junho caiu 3,2%, ante igual mês de 2017, para 13.525 GWh.

“A greve dos caminhoneiros das duas últimas semanas de maio impactou o consumo de energia elétrica das indústrias em maio e junho. A descontinuidade do transporte rodoviário de cargas ajudou a aumentar os estoques de insumos e matérias-primas afetando os custos e a produção industrial”, informou a EPE, em relatório.