Risco ambiental afasta investidores de leilão da ANP

Risco ambiental afasta investidores de leilão da ANP

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) insistiu em fazer ontem a 17ª rodada de licitações para exploração de petróleo e gás, em regiões que foram alvo de crítica de ambientalistas. Com isso, o resultado foi o desinteresse dos investidores. Apenas 5 dos 92 blocos ofertados foram arrematados. E os lotes próximos ao Arquipélago de Fernando de Noronha, cuja exploração, na análise de especialistas, oferece riscos à fauna marinha, não receberam nenhuma proposta. O leilão arrecadou apenas R$ 37 milhões em bônus de assinatura, com investimentos previstos de R$ 136 milhões. Foram os piores resultados da história dos leilões da ANP.

“Um fracasso”, resumiu Claudio Frischtak, sócio-consultor da Consultoria Internacional de Negócios. Segundo ele, vários fatores contribuíram para o desinteresse dos investidores. “Em primeiro lugar, as empresas estão com cronograma de investimentos pesados. Vivemos um momento de transição energética e, principalmente, houve um erro de cálculo da ANP e total falta de sensibilidade na inserção no leilão de blocos em áreas ambientalmente sensíveis. As empresas não quiseram correr o risco de terem os investimentos barrados no futuro. Enfim, o resultado foi uma lição que a ANP e o governo tomaram”, analisou Frischtak.

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