Gás encanado terá alta de até 40% em São Paulo a partir de 31 de maio

Gás encanado terá alta de até 40% em São Paulo a partir de 31 de maio

A Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) anunciou nesta 5ª feira (27.mai.2021) que as tarifas de gás canalizado terão alta de até 40% a partir da próxima 2ª feira (31.mai). O reajuste é anual e leva em conta o aumento de 39% no preço do gás natural anunciado pela Petrobras, que começou a valer dia 1º.

Na área atendida pela Naturgy, o reajuste chega a 39,9% no segmento de GNV (Gás Natural Veicular), o mais afetado. O consumidor residencial terá aumentos da ordem dos 30%, e a indústria dos 39%. Leia aqui. Já os clientes da Comgás, terão reajuste de até 10,2% considerando o consumidor comercial. Eis o detalhamento.

Segundo a agência reguladora, como as tarifas deveriam ser corrigidas considerando a inflação medida pelo IGP-M, o aumento médio estaria na faixa de 75% a 80%. Assim, houve um acordo com as duas empresas para que fosse considerada uma taxa de 7,2% referente ao indicador e não o valor acumulado nos últimos 12 meses de 32% para clientes residenciais e comerciais.

“Apesar de significativos, os reajustes estão abaixo dos valores que seriam aplicados sem nenhum tratamento alternativo”, pontuou a Arsesp.

Mesmo com o arranjo, a alta é questionada por setores da indústria. Em nota (íntegra – 107 KB), a Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), Abividro (Associação Brasileira das Indústrias de Vidro), Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia) e Aspacer (Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento), que afirmam representar 70% do consumo de gás do Estado, contestaram o reajuste.

“O efeito estadual do aumento caminha na contramão da aprovação da Nova Lei do Gás em âmbito nacional. A concessionária e o governo do estado estão adotando práticas regulatórias pouco eficientes”, afirmam em referência à nova lei que regula o setor no país sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em abril.

O ministro Paulo Guedes (Economia) chegou a dizer que a aprovação dessa legislação pelo Congresso junto a outras ações do governo levariam à queda do preço do insumo em “20%, 30%, pelo menos”.

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