Implantação do preço horário é adiada para 2021

Implantação do preço horário é adiada para 2021

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Conforme divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na Portaria 300, de 31 de julho de 2019, a implantação do preço horário deve acontecer em duas fases: a partir de janeiro de 2020, uma nova metodologia passará a ser utilizada na programação da operação do sistema elétrico, o Modelo de Despacho Hidrotérmico de Curtíssimo Prazo (DESSEM); mas somente a partir de janeiro de 2021, na segunda fase, é que esse modelo passará a ser adotado para fins de cálculo do Preço da Liquidação das Diferenças (PLD), contabilização e liquidação financeira.

A ANACE é favorável à adoção do novo modelo, pois o preço horário tende a retratar de forma mais realista o custo de operação do sistema. A associação também ressalta que a adoção do sinal de preço com base horária é um tema maduro, que já foi exaustivamente discutido pelos agentes do setor. Ainda assim, o adiamento contribui para que os consumidores tenham um histórico consistente, com 18 meses de referência, e possam celebrar os novos contratos com maior segurança.

A entidade destaca que haverá mudanças substanciais para os consumidores: aspectos como modulação e sazonalização devem ganhar relevância nos contratos. “É importante conhecer essa metodologia, fazer simulações com base em seu perfil de consumo e planejar adequadamente sua contratação de energia”, destaca Carlos Faria, presidente da ANACE. A entidade já vem alertando seus associados há algum tempo sobre essa transição. “Para entender os efeitos do PLD horário, atualmente, o consumidor já pode acompanhar os resultados da sua contabilização mensal com o PLD Sombra, divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia (CCEE) desde meados de 2018”, explica o executivo.

O cronograma de implantação previsto pelo MME prevê que o PLD Sombra seja mantido por cerca de um ano e meio, até o final de 2020. O objetivo é garantir que todos os agentes possam acompanhar e se preparar com antecedência para a implementação em definitivo a partir de janeiro de 2021.