Leilão A-6 apresenta competitividade alta e bons resultados para o setor

Leilão A-6 apresenta competitividade alta e bons resultados para o setor

No dia 18 de outubro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) realizou o leilão de compra de energia A-6. Ao todo, 91 projetos foram contratados e todas as fontes foram contempladas, com exceção de termelétricas a carvão. Da potência contrata, 25% foram de térmicas a gás natural, demonstrando uma sinergia do certame com o projeto do Novo Mercado de Gás proposto pelo Governo.

Já as fontes renováveis, solar e eólica, corresponderam a 53% da potência contratada e a 38% da garantia física, ou seja, da energia que será efetivamente gerada. “Os deságios aplicados a essas fontes no leilão A-6 demonstraram que elas já estão competitivas no mercado e podem caminhar sem subsídios”, explica Carlos Faria, presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (ANACE).

A ANACE analisa que os projetos de eólica e solar podem ser implementados em 2 ou 3 anos, no máximo. Tempo mais curto do que o prazo estabelecido pelo leilão para a entrega da energia ao mercado regulado: 6 anos. “A implementação antecipada dessas usinas pode significar um aumento da oferta de energia no ambiente de contratação livre daqui há 3 anos”, afirma Faria.

O executivo destaca como ponto positivo do leilão a mudança regulatória no edital, que transferiu, no caso das eólicas, o risco do não cumprimento da garantia física para os geradores. A medida, segundo Faria, evita que os consumidores arquem com custos extras caso as condições climáticas sejam desfavoráveis.