Marco legal da GD entra na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados

Marco legal da GD entra na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados

Projeto que estabelece política para micro e miniGD já foi aprovado pela Comissão de Minas e Energia

Por Fabio Couto

O Projeto de Lei 5.829/2021 está na pauta de votações no Plenário da Câmara dos Deputados, que acontece na próxima terça-feira (20/04), confirmou o deputado Marcelo Ramos ao EnergiaHoje.

Marco legal da micro e minigeração distribuída, o PL, de autoria do deputado Silas Câmara, já foi aprovado na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara e se passar pelo Plenário, seguirá para o Senado Federal, onde se espera mais debates.

O tema está sendo analisado de perto pelo setor elétrico, cada vez mais dividido sobre o futuro da política para a modalidade.

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou à Aneel para que num prazo de 90 dias apresentasse uma proposta de redução de subsídios. Encerrado o prazo em março, a agência produziu uma nota técnica na qual recomendava a redução dos subsídios.

No entanto, entidades que representam segmentos da micro e miniGD reuniram-se com o TCU a fim de tentar a reversão da medida. O ministro Aroldo Cedraz suspendeu na semana passada o acórdão, liberando a Aneel de produzir uma decisão nesse sentido.

Na sequência, uma carta assinada por seis entidades que representam consumidores de energia e distribuidoras foi entregue a deputados. As associações (Abrace, Anace, Idec, Conacen, Abradee e Abrademp) afirmaram que o projeto de lei que estabelece marco legal para o tema pode penalizar consumidores de menor poder aquisitivo.

Alguns tons acima do que se costuma verificar em debates regulatórios, as associações ressaltaram que, menos de um dia após a realização do estudo, ‘entidades que defendem regras não sustentáveis de geração distribuída, focadas no protecionismo de um restrito grupo econômico’, divulgaram sem contraposição dados e previsões sem respaldo técnico.

Elas são as mesmas são as mesmas que se reuniram em torno de um estudo divulgado recentemente pela PSR e pela Siglasul, segundo o qual subsídios concedidos à geração distribuída, pode trazer um impacto de R$ 135 bilhões para os consumidores, em valores atuais, nos próximos 30 anos, caso o PL seja votado como proposto atualmente.

Outro trabalho, este da Associação das Empresas do Mercado de Energia Solar do Estado da Bahia apontou que até 2035 haveria um benefício de R$ 50 bilhões para o setor elétrico brasileiro. O estudo contou com o apoio de entidades do setor de geração distribuída.

Se no setor elétrico, a temperatura das discussões está elevada, o mesmo se dá na Câmara dos Deputados. A Agência Infra relatou na semana passada que Marcelo Ramos está empenhado para evitar a aprovação do projeto e que vai buscar reacender o debate em oposição ao substitutivo.

Também de acordo com a Agência Infra, Ramos entrou em embate com o relator do PL, Lafayette de Andrada (Republicanos-MG). O relator avalia que o marco legal da GD deve ser votado até quinta-feira (22/04) – sendo que quarta-feira é feriado de Tiradentes. ‘Tudo indica que vamos votar nesta semana, e percebemos uma grande simpatia do plenário ao projeto’, disse Lafayette à Agência Infra nesta segunda-feira (19/04).

Confira a notícia completa em: Marco legal da GD entra na pauta do Plenário da Câmara – Energia Hoje (editorabrasilenergia.com.br)