Quem vai pagar por mais essa conta?

Quem vai pagar por mais essa conta?

A ANACE está estudando alternativas para combater a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que usinas contratadas de maneira emergencial do ano passado possam ser substituídas pela termelétrica Cuiabá/Mário Covas (480 MW).

“É lamentável a justificativa do diretor Efraim Pereira da Cruz de que a decisão atende ao interesse público”, destaca o diretor-presidente da ANACE, Carlos Faria, lembrando que a energia do leilão emergencial tem custo muito superior aos preços praticados no mercado e que, diante da recuperação dos reservatórios das hidrelétricas, não é necessária. “Não faz sentido o consumidor ter de pagar mais essa conta!”, completa.

A situação é ainda mais grave porque abre um precedente para que todos os projetos contratados no leilão que não puderem ser colocados em operação até o prazo máximo de 1º de agosto sejam substituídos por outras usinas.

Além disso, o processo é totalmente irregular, pois as regras do leilão exigiam que os empreendimentos fossem novos: os empreendedores que não conseguirem viabilizar seus projetos no prazo definido nas regras precisam sim pagar as multas pelo descumprimento.