Cadê a prometida reforma do setor elétrico?
Desligamento das eólicas e solares é reflexo do crescimento desordenado do setor elétrico brasileiro
O consumidor de energia do Brasil paga mais quando há falta de energia, mas também quando há energia de sobra. Como mostrou o Estadão, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está “desligando” usinas eólicas e solares, principalmente no Nordeste, para acionar outras fontes – como termelétricas e hidrelétricas – que, se por um lado são mais caras, por outro, dão mais segurança ao sistema. Com isso, as associações que representam essas usinas renováveis estão entrando na Justiça porque consideram que estão sendo prejudicadas.
A lógica do ONS é de que precisa dar mais segurança ao sistema elétrico e evitar o risco de apagões, já que todos os dias precisa trazer energia renovável da Região Nordeste para os grandes centros consumidores, nas regiões Sul e Sudeste.
O pano de fundo dessa briga, contudo, é mais amplo e reflete o crescimento desordenado do setor, que muitas vezes acontece sem planejamento técnico, seguindo a força dos lobbies no Congresso. Isso ocorre em detrimento dos estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia (MME) e responsável por dar embasamento às decisões do setor.
Confira a íntegra do artigo no site do Estadão.