Contratação de energia nova vai pressionar custos dos consumidores
A garantia do atendimento ao mercado das distribuidoras deve ser feita, neste momento, prioritariamente por meio de Leilão de Energia Existente (LEE) e não da contratação de energia nova (LEN).
Caso contrário, a tendência é aumentar a sobrecontratação de energia e, consequentemente, as pressões sobre os custos dos consumidores. Ou seja, um resultado que justamente iria contra a modicidade tarifária pretendida por tais processos no atendimento ao mercado regulado.
Essa preocupação da ANACE e de outras entidades do setor de energia está ligada à abertura de consulta pública sobre as diretrizes para a realização dos Leilões de Compra de Energia Elétrica provenientes de Novos Empreendimentos de Geração, os leilões A-4 e A-6.
A contratação de energia por meio de leilões de energia existente, priorizando-os em relação aos LEN, visa reduzir os preços para os consumidores e evitar o aumento da sobreoferta de energia no sistema. Isso porque o modelo permite a aquisição de energia já disponível no mercado, a preços mais baixos em comparação com os empreendimentos de energia nova.
Além disso, os contratos de energia existente têm duração mais curta, o que reduz o montante de contratos legados e proporciona maior flexibilidade na gestão dos portfólios das distribuidoras num contexto de expansão da abertura do mercado livre.