Crise às avessas: Aumento de energia solar provoca desequilíbrio, crise financeira e risco de apagão

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Crise às avessas: Aumento de energia solar provoca desequilíbrio, crise financeira e risco de apagão

No domingo de 10 de agosto, no Dia dos Pais, o Brasil enfrentou uma situação crítica. Enquanto a produção de energia aumentava, o consumo despencava por causa do feriado e da temperatura baixa.  

Para evitar que o sistema entrasse em colapso e provocasse um apagão, cerca de 90% da geração precisou ser cortada e várias usinas desligadas. A crise já é comparada ao racionamento de 2001, com restrições técnicas e financeiras. Mas, desta vez, o problema é o oposto. 

Naquela época, o Brasil teve de implementar um programa de redução do consumo de energia para se adequar à oferta, que vivia momentos de escassez devido ao baixo nível de chuvas e dos reservatórios. Agora, a situação é contrária. A geração está maior que a demanda. 

O desafio é que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vem perdendo parte do controle do sistema devido ao avanço dessa forma de geração, que injeta energia diretamente na rede de distribuição. 

Como não consegue regular esse tipo de produção — aumentar ou reduzir conforme a necessidade —, o operador é obrigado a cortar a geração das grandes usinas, especialmente eólicas e solares, o que gera impactos financeiros significativos. Esse movimento é conhecido no setor como curtailment

A escalada da energia solar foi uma saída que os consumidores encontraram para ficarem menos vulneráveis ao encarecimento da energia elétrica no Brasil.  

A íntegra da reportagem está disponível aqui

O Estado de S. Paulo 

06/10/25