Em medida inédita, corte de geração de energia deve chegar a pequenas centrais hidrelétricas
O curtailment, termo em inglês para corte de geração de energia, deve ser estendido às pequenas centrais hidrelétricas, mais conhecidas pela sigla PCHs, bem como a projetos térmicos e de biomassa menores. A viabilidade foi discutida nesta sexta-feira (19) em reunião convocada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Estavam presentes representantes de empresas do setor, a Abradee, entidade que representa as distribuidoras e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Esses geradores menores não podem sofrer cortes diretos do ONS, mas o órgão fez uma apresentação mostrando a viabilidade legal para esse tipo de medida, que recairia sobre as distribuidoras. Não há registro de corte organizado de PCHs ou demais projetos na história do setor, e a medida tende a sofrer forte resistência.
Também ficou acertado que serão estudadas alternativas para cortar a chamada geração distribuída remota de grande porte, que ocorre em fazendas com painéis fotovoltaicos, que tenham entre 3 e 5 MW (megawatts).
O curtailment virou o principal assunto no setor de energia. Na semana que passou, mobilizou entidades públicas e privadas. A Comissão de Infraestrutura do Senado marcou para terça-feira (23) uma audiência pública para entender os cortes. Mais de 80 representantes do setor acompanharam a reunião que tratou do tema no TCU (Tribunal de Contas da União). O órgão regulador abriu auditoria para avaliar os cortes de geração em maio, mas intensificou o debate.
Na linha de frente de todo o movimento está a discussão sobre a segurança do sistema.
Confira a íntegra da reportagem aqui.
Folha de S. Paulo
19/09/25

