Energia elétrica para indústria é 24,8% superior à média nacional

Energia elétrica para indústria é 24,8% superior à média nacional

O Rio de Janeiro tem a energia elétrica mais cara do país para o setor industrial. Levantamento da Federação das Indústrias fluminenses (Firjan) aponta que o custo médio no estado é 24,8% acima da média nacional.

O estudo “Quanto custa a energia elétrica para a pequena e média indústria no Brasil?”, que tem como base as tarifas de 2016 disponibilizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mostra que o empresário fluminense gastou R$ 628,83 por MWh no mercado regulado. Em seguida aparecem Pará (R$ 609,79/MWh) e Mato Grosso (R$ 580,05/MWh). A média nacional é de R$ 504/MWh – 10,7% menor que em 2015.

A entidade destaca que, em dezembro, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a energia elétrica, como parte do pacote anticrise enviado pelo Executivo – os novos percentuais variam de 30% e 32%, de acordo com a faixa de consumo.

A medida entra em vigor em abril. Pelos cálculos da Firjan, o aumento será de cerca de 5% e a energia elétrica pode chegar a R$ 659,02/MWh no Rio, além dos custos com reajustes anuais e repasses para pagamento das indenizações às transmissoras de energia.

Perda de competitividade

A principal consequência, alerta a Firjan, é a redução da competitividade do setor produtivo fluminense.

“É imprescindível que seja reduzido o montante de perdas não técnicas de energia nas distribuidoras estaduais, bem como devem ser intensificadas políticas públicas que permitam o acesso seguro das equipes das concessionárias aos locais de risco. A tributação também deve ser equiparada aos demais estados, na busca por tarifas em patamares mais condizentes com o resto do país”, ressalta o estudo.

Em outro documento, o “Boletim de conjuntura do setor elétrico brasileiro”, a Federação ressalta a cobrança extra aos consumidores para o pagamento das indenizações às transmissoras pelo acionamento de termelétricas, em 2015.