Venda de térmica reacende debate sobre carvão no Brasil e expõe dilema ambiental e econômico
O setor carbonífero recebeu com entusiasmo a notícia da venda da termelétrica de Figueira (20 MW) pela Copel ao Grupo Electra, na expectativa de que a usina movida a carvão volte a operar depois de quase um ano parada.
A possibilidade de retomada da geração de energia com carvão ganha ainda mais força com a perspectiva de que o Congresso vote, na próxima semana, o Projeto de Lei 11.247/2018, que inclui emendas que prorrogam subsídios a usinas térmicas a carvão até 2050.
Por parte dos consumidores, o receio é que a expansão dos subsídios ao setor de carvão mineral eleve ainda mais a conta de luz dos brasileiros. Carlos Faria, presidente da Anace, avalia que seria um alívio para os consumidores de energia se a planta fosse descomissionada.
“Seria um exemplo de maturidade do setor elétrico, tendo em vista que a matriz elétrica brasileira não precisa do carvão e que não faz sentido o consumidor continuar subsidiando essa fonte cara e suja. Seria também uma sinalização muito positiva do ponto de vista ambiental, inclusive diante da realização, agora em 2025, da COP no Brasil”.
Confira aqui a íntegra da reportagem.
Valor Econômico
29/11/24