O preço da energia elétrica de 2015 para 2016

Entenda os fatores que influenciaram o preço da energia.

A média entre janeiro e início de dezembro desse ano da Energia Natural Afluente (ENA) apresentou maior valor nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, em comparação com 2015. O Sudeste apresentou um aumentou de 10 pontos percentuais. O Sul, apesar da redução, manteve-se acima da média histórica (MLT). O Nordeste apresentou melhorias, passando de 38% da MLT para 43% da MLT. Já no Norte, houve diminuição de 21 pontos percentuais.

ENA anual – 2015 vs 2016

*valor de dezembro de 2016 verificado até dia 06/12

As vazões do Nordeste começaram a melhorar a partir de novembro desse ano, com a mudança do El Niño para o início do La Niña, coincidindo com o início do período úmido. A atmosfera sobre o Brasil passou a receber mais umidade e gerar mais chuvas e, como consequência, houve aumento da água no solo e a elevação tímida das vazões. Aos poucos, a situação hídrica nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte foi melhorando.

A crise econômica também foi relevante para a manutenção do nível dos reservatórios, principalmente no Sudeste, pois resultou na diminuição da carga em função da desaceleração da produção e do consumo.

Nível dos Reservatórios – 2015 vs 2016

Nos primeiros meses de 2016, os preços ficaram baixos nas regiões Sudeste e Sul em função das afluências elevadas nestes dois submercados e também, devido à redução de carga no SIN. Entretanto, os preços da região Nordeste ficaram elevados, dada a situação crítica dos reservatórios, baixas afluências, além do limite de intercâmbio (linhas de transmissão) ter sido atingido. A região Norte também não apresentou afluências favoráveis. Apenas a título informativo, a usina de Tucuruí na região Norte não apresentou vertimento, único ano do histórico que não verteu.

Histórico do PLD em 2016

No decorrer dos meses, com previsões menos otimistas de afluências e aumento de carga do Sudeste e do Sul, o preço apresentou pequena elevação. Em setembro, houve revisão da previsão de carga, apresentando crescimento em relação a última previsão, introduzindo aumento nos preços em todos os submercados. A partir de outubro, as previsões de afluências ficaram mais pessimistas, apresentando também elevação nos preços.