Petrobras desiste de criar empresa de energias renováveis com francesa Total

Petrobras desiste de criar empresa de energias renováveis com francesa Total

Visava desenvolver projetos eólicos
Acordo foi anunciado no fim de 2018

A Petrobras desistiu da parceria com a francesa Total, por meio da subsidiária Total Eren, para a criação de uma empresa de energia renováveis no Brasil. O acordo de investimentos, anunciado em dezembro de 2018, era focado no desenvolvimento de projetos solares e eólicos.

O objetivo da parceria, segundo comunicado da Petrobras, era analisar o desenvolvimento de uma carteira de projetos de até 500 megawatts (MW) de capacidade instalada ao longo de 5 anos.

De acordo com o vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios na América Latina da Total Eren, Martin Rocher, a petroleira brasileira oficializou o fim da parceria para a joint venture em junho deste ano. “A expectativa era implementar a empresa no meio deste ano. Mas, a empresa não apresentou nenhuma razão para desistir do negócio.”

Pelo acordo entre as empresas, a petroleira brasileira teria participação de 49% no novo empreendimento e a francesa Total Eren, 51%.

“A celebração desse acordo é mais 1 passo na estratégia da Petrobras em desenvolver negócios de alto valor em energia renovável, com parceiros globais, visando a transição para uma matriz de baixo carbono”, informou a brasileira, no documento de dezembro de 2018.

A parceria seguia a linha de memorando de entendimento assinado entre as companhias, em julho de 2018, para avaliação de negócios conjuntos em energia solar e em eólica.

Além do acordo com a empresa francesa, a Petrobras assinou 1 memorando de entendimento para análise de projetos de energia renovável com a norueguesa Equinor. A empresa também está construindo uma usina fotovoltaica no município de Açu, no Rio Grande do Norte, que terá capacidade instalada de 1,1 MW.

Apesar dos projetos, o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, já afirmou publicamente que a empresa não irá ampliar os investimentos em energias renováveis.
Repetidas vezes, o executivo defendeu que a Petrobras foque recursos na produção e exploração de petróleo em águas profundas.