A otimização dos parques eólicos

A otimização dos parques eólicos

Uma análise assertiva pode minimizar o chamado ‘efeito esteira’ que ocorre no setor.

A capacidade instalada de energia eólica no Brasil gira em torno de 13,4 GW, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). É um número notável, que possibilita abastecimento elétrico para cerca de 67 milhões de habitantes. Até 2022, a previsão é que esse valor aumente para 17,64 GW. O crescimento é virtuoso. Seguindo a tendência de crescimento sustentável indicada pelo mercado de energia eólica no País, um dos maiores objetivos de um projeto é melhorar o seu desempenho e reduzir o LCOE (Levelized Cost of Energy ou Custo Nivelado de Energia).

E, para isso, compreender o efeito esteira e seu correto dimensionamento se torna essencial para estimar uma geração de energia mais precisa e dar maior confiabilidade ao projeto e ao setor eólico como um todo. O efeito esteira acontece quando o vento passa por um aerogerador e vai em direção a outro localizado atrás dele. Quando isso acontece, há redução de velocidade do vento e o aumento da turbulência do primeiro para o segundo aerogerador, o que afeta a energia produzida pelo parque eólico.

Essa interação entre aerogeradores deve ser estudada antes da implantação de um parque eólico para reduzir ou evitar a perda de energia. Selecionar os melhores modelos de turbinas e modos de operação a partir de uma variedade de opções disponíveis no mercado é o primeiro passo para garantir bons resultados. Com isso em mente, os engenheiros de projetos eólicos viabilizam a melhor solução para posicionar os aerogeradores estrategicamente no parque eólico e, de acordo com a direção e velocidade do vento, atingir potencial máximo de geração de energia.

Analisar a distância entre aerogeradores com objetivo de mitigar o efeito esteira permite tomar decisões mais assertivas na localização dos aerogeradores e, muitas vezes, na redução no número de turbinas presentes no layout. Com esse processo otimizado, há maior produção de energia líquida por turbina e redução nos custos de implantação. A possibilidade de otimização de um parque eólico depende de uma série de fatores, como a variação nas condições do vento, turbinas adequadas e terrenos complexos. Mas com inteligência e tecnologia aplicadas à implantação desses parques, pode-se otimizar todo o processo e garantir que os investimentos na fonte sejam cada vez mais sustentáveis.