Subsídios de energia elétrica: a fatura que não para de crescer
Os brasileiros pagaram, no ano passado, R$ 40,32 bilhões a título de “subsídios para o setor de energia elétrica”, de acordo com o subsidiômetro da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em 2024, devem gastar mais ainda, dada a evolução que vem sendo observada nos últimos anos. De 2018 para cá esses encargos na conta de luz mais do que dobraram.
“Há uma clara tendência de aumento nesse percentual ao longo dos anos, especialmente com o crescimento exponencial das fontes renováveis que vêm sendo implantadas no país”, diz Mariana Amim, diretora de assuntos técnicos e regulatórios da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace).
A TR Soluções calcula que a cada bilhão de reais arrecadado pela CDE a título de subsídio há um aumento de 0,2 ponto percentual no reposicionamento tarifário médio do Brasil.
Para Amim, os recursos da CDE destinados a beneficiar agentes das fontes de geração eólica e solar não são apenas “péssimos”; há muito tempo também não são mais necessários, e isso se comprova pelo crescimento significativo da participação dessas fontes na matriz elétrica brasileira. “A experiência mundial mostra que os subsídios a essas fontes foram reduzidos gradativamente à medida que o custo de implantação das usinas fotovoltaicas e eólicas caiu ao longo do tempo”, diz Mariana, referindo-se às condições nos outros países.