CCEE já desligou 10 comercializadoras de energia
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já desligou dez comercializadoras por descumprimento de obrigações no mercado livre e outras cinco empresas estão sob a vigilância da autarquia, que pede mais rigor nas regras para o ingresso e desligamento de empresas inadimplentes. Foram desligadas as empresas Bionergias, Kyon, FDR, Linkx, Cowat, Minas Geração, Nacional Energia, Bio Comerc, Doxo Comercializadora e Primo. Estão em operação assistida as empresas Vega Energy, Innovat Com, Rio Alto, Lumen e 3G Energia. Atualmente, 345 comercializadoras estão operando no mercado livre e mais 74 empresas estão na fila para entrar no negócio. Segundo Talita Porto, conselheira da CCEE, as regras atuais permitem que empresários que tiveram empresas desligadas continuem operando no mercado com outro CNPJs. Além disso, o processo de desligamento precisa ser aprimorado, pois para o agente ser expulso ele precisa registrar três inadimplências consecutivas ou acumular quatro descumprimentos ao longo de um ano. Nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel) lançou o Manual de Boas Práticas de Gestão de Risco, com objetivo de fomentar uma cultura de gestão de riscos nas empresas que atuam no mercado livre. “Com o lançamento dessa cartilha, esperamos que as empresas instalem políticas de gestão de risco mais consistentes. Se cada um cuidar do seu risco, o mercado será mais seguro. É isso que a gente espera com essa cartilha”, disse em São Paulo, Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel. Além da cartilha, contou o executivo, a associação passou a adotar uma política mais rigorosa na adesão de novos associados. Todo novo agente agora precisa passa pelo crivo dos atuais sócios antes de ser aceito na Abraceel. O proponente também precisa apresentar em detalhes a política de risco da empresa. Nas palavras de Medeiros, a associação se tornou “mais conservadora na adesão de novos sócios”.