Consumidores devem pagar R$ 17 bi em subsídios nas contas de luz em 2019
Tarifas de energia podem subir 1,99% com os encargos
Os consumidores de energia de todo o país devem pagar mais de R$ 17 bilhões em subsídios nas contas de luz em 2019. O dinheiro será usado para bancar ações e programas sociais do governo no setor elétrico e é um dos principais fatores que impactam no crescimento das tarifas de eletricidade. Os números foram apresentados nesta terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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Os valores ainda podem ser alterados até o início do próximo ano, porque o orçamento dos subsídios do setor elétrico ainda passará por consulta pública por três semanas. O número de 2019 é cerca de R$ 900 milhões menor que o registrado neste ano. Mesmo assim, irá impactar as contas de luz em 2019.
Para os consumidores das regiões Sudeste e Centro-Oeste, o montante significa uma alta de 1,99% nas tarifas. No Norte e Nordeste, a alta será 1,1%. A definição da tarifa que chega para o consumidor, no entanto, leva em conta outros fatores, como preço de energia, volume das chuvas e impostos estaduais.
Os números fazem parte do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), principal fundo do setor. A CDE é paga por todos os consumidores de energia elétrica por meio das contas de luz.
Os recursos da CDE são usados em ações como subsídio à tarifa para famílias de baixa renda, compra de combustível para gerar energia em regiões isoladas do país e o programa Luz Para Todos. Parte do dinheiro também vai para sistemas de irrigação e empresas de saneamento. A conta serve ainda para incentivar usinas eólicas e solares.
Apenas para pagar pelo combustível usado para gerar energia em regiões isoladas, devem ser desembolsados R$ 6 bilhões no próximo ano. Descontos tarifários na distribuição irão somar R$ 8,7 bilhões. O Luz Para Todos custará R$ 1 bilhão.