Consumo de energia cresceu 6,5% em janeiro, segundo a CCEE
Consumo no ACL cresceu 7,3%, enquanto no ACL alta ficou em 4,5%
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de janeiro indicam aumento de 6,5% no consumo de energia elétrica no país, quando comparados ao mesmo período de 2018. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
A alta temperatura registrada em janeiro foi o principal motivo para o crescimento do consumo de energia no Sistema Interligado Nacional, que alcançou 67.705 MW médios. Isso significou 4.116 MW med acima dos 63.589 MW med consumidos ao longo de janeiro de 2018, quando as temperaturas foram mais amenas.
O Ambiente de Contratação Regulado, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, teve aumento de 7,3% no consumo, número que leva em conta na análise a migração de consumidores para o mercado livre. Caso esse movimento dos agentes fosse desconsiderado, o consumo seria 8,5% maior. No Ambiente de Contratação Livre, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, o consumo cresceu 4,5% quando a migração é incluída na análise. Sem a inclusão das novas cargas oriundas do ACR, o consumo teria aumento de 1,4%.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de bebidas, com alta de 9%, transportes, que subiu 8,2% e de serviços, com crescimento de 5,5% foram os segmentos com maior evolução no consumo, quando a migração não é considerada na análise. Por outro lado, dois setores apresentaram retração no consumo, dentro do mesmo cenário sem migração: veículos, com queda de 2,9% e têxtil, com recuo de 1,8%.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia em janeiro, equivalente a 162,2% de suas garantias físicas, ou 55.136 MW med em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 100,3%.