Consumo de energia despenca 3,5% em fevereiro, informa CCEE

Consumo de energia despenca 3,5% em fevereiro, informa CCEE

Queda foi verificada tanto no ambiente cativo quanto o livre, se desconsiderado os efeitos das migrações de cargas.

Em fevereiro, o consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) alcançou 62.454 MW médios. O resultado representa uma queda 3,5% quando comparado à igual mês em 2017, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em boletim divulgado nesta sexta-feira, 2 de março.

Analisando o desempenho por ambiente de contratação, verifica-se que o consumo no mercado regulado atingiu 43.779 MW médios, resultado 6,5% inferior na comparação anual. Descontado o movimento de migração de clientes do ambiente cativo para o mercado livre, a queda seria de 4,6%.

O consumo no mercado livre (ACL), por outro lado, apresentou elevação de 4,2%, número que incorpora o efeito da migração de cargas do mercado cativo. Sem o efeito dessa migração na análise, o ACL registra queda de 0,7% no consumo.

Não consta no boletim os motivos que levaram a queda no consumo de energia elétrica no país em fevereiro. Na semana passa, contudo, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que a temperatura verificada ao longo deste ano foi mais amena do que em fevereiro de 2017. O clima tem efeito direto no consumo de eletricidade devido ao uso mais intenso de condicionadores de ar e ventiladores no Verão.

GERAÇÃO
A geração de energia no SIN, em fevereiro, somou 65.798 MW médios, queda de 3,1%, em relação ao mesmo período de 2017. A geração térmica ficou praticamente estável (+0,3%), enquanto a produção das usinas eólicas (-4,2%) e hidráulicas (-3,9%), incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, foi menor quando comparada à geração obtida em fevereiro de 2017.

A CCEE também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em fevereiro, equivalente a 113% de suas garantias físicas, ou 51.562 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 94%.