Crise política reduz projeção de consumo de energia livre
A instabilidade política no país diminuiu as previsões de consumo de energia elétrica, segundo comercializadoras do mercado livre, que fazem contratos de longo prazo a um preço fixo.
No início do ano, o setor esperava um aumento de demanda a partir do segundo semestre, mas, agora, avalia que ficará estável, afirma Paulo Toledo, sócio da Ecom.
“Algumas empresas terão sobras em relação ao que já foi contratado”, diz ele.
A Compass, que previa um leve ajuste a partir do ano que vem, reduziu sua expectativa para uma estabilidade em 2018, segundo afirma o sócio Paulo Mayon. “A crise baixou o otimismo a longo prazo.”
No caso da Comerc, os acordos têm flexibilidade de 10% para cima ou para baixo, o que deve ser suficiente para cobrir eventuais variações, de acordo com o presidente da empresa, Christopher Vlavianos.
Nos primeiros quatro meses deste ano, a demanda ficou estável (uma alta de 0,3%) em relação a 2016, segundo a comercializadora.
“Com tanta instabilidade, a indústria perdeu a referência na hora de fechar seus contratos futuros. Na dúvida, o cliente não arrisca e contrata próximo ao que consome hoje”, diz Toledo, da Ecom.