Governo prorroga consulta pública sobre ampliação do mercado livre de energia

Governo prorroga consulta pública sobre ampliação do mercado livre de energia

Proposta prevê redução gradual da carga mínima exigida para que empresas possam se tornar consumidores livres de energia a partir 2021

O governo decidiu prorrogar um processo de consulta pública sobre propostas para ampliação do chamado mercado livre de energia, no qual grandes consumidores como indústrias podem negociar contratos diretamente com geradores e comercializadoras.

Segundo portaria do Ministério de Minas e Energia no Diário Oficial da União desta segunda-feira, contribuições de interessados para aprimoramento das propostas para o mercado livre poderão ser enviadas por trinta dias adicionais, ante prazo original que venceu na semana passada.

A proposta submetida à consulta pública prevê redução gradual da carga mínima exigida para que empresas possam se tornar consumidores livres de energia a partir 2021.

Atualmente, empresas com carga de energia entre 0,5 megawatt e 2,5 megawatts podem aderir ao mercado livre de energia, mas apenas como “consumidores especiais”, que só podem comprar energia de fontes renováveis.

Pela proposta em discussão, o limite para um consumidor ser considerado livre, podendo comprar energia de qualquer fonte, cairia para 1,5 megawatt em janeiro de 2021 e 1 megawatt em julho de 2021. Em janeiro de 2022, haveria novo corte, para 500 kilowatts.

O ministério também prevê a realização de estudos até o final de 2022 sobre medidas regulatórias para permitir a abertura do mercado livre para consumidores com carga inferior a 500 kilowatts, incluindo consumidores comuns, residenciais, com cronograma de abertura iniciando a partir de janeiro de 2024.

As propostas do governo vêm em meio a estudos para uma reforma da regulação do setor elétrico que deve incluir também medidas para maior abertura do mercado livre.