Horário sem justificativa

Horário sem justificativa

Do ponto de vista do setor elétrico, não se justifica mais a adoção do horário de verão, afirmou ontem o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. Segundo Rufino, a avaliação foi feita pelos diversos órgãos governamentais ligados ao setor elétrico, no âmbito do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Uma decisão, agora, caberá ao governo, que levará em conta os efeitos sobre outros setores, como indústria e comércio.

“A avaliação é de que, sob a perspectiva do setor elétrico, o horário de verão não se justifica”, disse Rufino, pouco antes de participar da sessão especial do Fórum Nacional, organizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), no Rio.

Se vigorar neste ano, o horário de verão começa em 15 de outubro e termina em 17 de fevereiro. Segundo Rufino, a Aneel não se manifestará nem tomará nenhuma decisão sobre o assunto, que é estabelecido por decreto federal.

Defesa

Os bares e restaurantes planejam fazer uma campanha para defender a continuidade do horário de verão. “O nosso setor sempre achou que o horário de verão fosse algo positivo. O movimento em bares aumenta 20%, nos restaurantes, 10%. A gente não pode esquecer que quase todo mundo tem medo de sair à noite, e antecipar o horário sempre dá uma sensação maior de segurança”, disse Percival Maricato, presidente da Abrasel-SP, entidade do setor. A campanha pretende mostrar às pessoas como é saudável e agradável sair mais cedo para os bares, além de mais seguro.

A continuidade do horário de verão será uma decisão da Presidência da República. Prevendo polêmica, já que o assunto divide opiniões e tem amantes e detratores, o governo estuda fazer uma enquete nas redes sociais para deliberar sobre o assunto.