ONS: vazões ficam estáveis, mas despacho térmico aumenta 10%
Projeção de carga na segunda revisão do programa de junho aponta para um crescimento de 0,9% ante o mesmo mês de 2017.
A segunda revisão semanal do Programa Mensal de Operação para o mês de junho apresentou uma leve variação negativa em relação às afluências previstas na semana passada. A maior queda entre as projeções de sete dias atrás está no submercado Norte, onde a energia natural afluente prevista caiu de 84% da média de longo termo para 79%. No Nordeste o Operador Nacional do Sistema Elétrico projeta estabilidade em 39% da MLT, enquanto nos maiores submercados há uma retração de 1 ponto porcentual, sendo que no Sudeste/Centro Oeste passou a 76% da média e no Sul a 60% da MLT.
Em relação ao consumo, a nova previsão do ONS não diferiu muito do divulgado na semana passada. Agora a expectativa é de que a carga no Sistema Interligado Nacional alcance 0,9% de crescimento, ante 1% de sete dias atrás. Se a previsão se confirmar serão 63.551 MW médios. No SE/CO é projetado crescimento de 0,9% este mês quando comparado ao mesmo período do ano passado, no Sul o aumento deve ficar em 1,6%, no NE em 2,6% e no Norte está a única retração, de 3,8%.
O nível dos reservatórios, como esperado, continua a reduzir para o fechamento do mês. No SE/CO a projeção é de que o nível utilizado do armazenamento máximo seja de 40,6% ante estimativa de 40,7% na semana passada. No Sul recuou de 63,5% para 58,6%, no Norte de 71,5% para 70,8% e no NE houve um incremento de 37,1% para 37,3%.
O custo marginal de operação para a semana que se inicia no sábado, 9 de junho, aumentou em todo o país. Continua equalizado entre o SE/CO e o Sul e entre o NE e o Norte. Nos dois primeiros está em R$ 466,08/MWh sendo R$ 475,36/MWh na carga pesada, R$ 474,64/MWh na média e R$ 450,86/MWh na leve, que é o mesmo valor para os outros dois submercados. Contudo, nesses a pesada e a média estão em R$ 453,75/MWh o que leva o CMO médio a R$ 452,70/MWh.
Como consequência dessa elevação o despacho térmico voltou a aumentar. A programação elevou o volume em 10%, passou de 10.382 MW médios para 11.430 MW médios. A maior parte está dentro da ordem de mérito com 7.073 MW médios, 4.257 MW médios por inflexibilidade e outros 100 MW médios por restrição elétrica. Além disso, o Operador deu o comando de importação de energia do Uruguai no volume de 400 MW médios na carga média e 120 MW médios no patamar de carga leve.