Revisão de subsídios sofrerá forte resistência dos grupos beneficiados
Favorecidos pelos descontos contam com o apoio de deputados e senadores para manter os benefícios.
O desafio do governo de rever os subsídios do setor elétrico não será fácil. Os grupos que recebem os descontos são amplamente articulados e contam com a movimentação de deputados e senadores para mantê-los. Para este ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs reduzir a quase metade o valor do subsídio pago para o carvão, de R$ 1 bilhão por ano para R$ 556 milhões. O subsídio para o carvão, na verdade, é dado às minas. Por lei, o governo assegurou uma compra mínima de carvão para manter a atividade econômica nas regiões produtoras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O subsídio para as usinas movidas a óleo e a diesel que atendem às regiões isoladas do norte do País também deve ser reduzido, dos atuais R$ 6,3 bilhões anuais para R$ 4,3 bilhões. A fiscalização da Aneel não repassa às empresas recursos para a compra de combustível a preços muito altos e volumes excessivos. Já se manifestaram contra essa redução a Eletrobrás, que tem contratos com termoelétricas, e a Petrobrás, fornecedora do combustível usado por essas usinas. |