Solução do GSF

Solução do GSF

 

A solução para os débitos acumulados pelos geradores, por conta do GSF (risco hidrológico), na opinião da ANACE, é assertiva e fundamental para o setor. Os débitos referentes à diferença entre a energia efetivamente gerada e a garantia da usina chegou a acumular R$ 8 bilhões. A negociação de uma prorrogação da concessão para parcelamento da dívida possibilitou o início da quitação. Nos últimos três meses, mais R$ 2 bilhões foram pagos, por 25 agentes, entre eles, AES Brasil e CTG Brasil e outros geradores de menor porte. Faltam agora R$ 4 bilhões a serem pagos, para liquidação total.

Os pagamentos realizados na CCEE (Câmara de Energia Elétrica) já proporcionam alguma liquidez para o setor. No último mês, 10% dos agentes que possuíam créditos pendentes  puderam receber. Embora a porcentagem dos agentes seja modesta, os valores quitados corresponderam a 45% do montante acumulado para crédito.

Agora, é fundamental que a CCEE consiga acelerar a negociação com os agentes que possuem valores em aberto no MCP (Mecanismo de Realocação de Energia) para que, no menor prazo possível, tudo seja resolvido. A grande preocupação da ANACE, é que nenhuma medida foi tomada para evitar que problemas como esses ocorram novamente. É importante ajustar a regulamentação e o MRE de modo a definir mais claramente as responsabilidades do risco hidrológico, alocando-o no mercado de geração de energia e adaptando as regras às mudanças na matriz. Hoje, por exemplo, os reservatórios continuam baixos e há riscos de novos valores por conta do GSF.

Os investidores precisam assumir o risco do negócio de geração.