Subsídios, um mal sem fim
Os brasileiros pagaram, em pouco mais de sete meses, R$ 17,9 bilhões para cobrir os custos de subsídios do setor de energia. A maior parte desses recursos foi destinada a cobrir descontos tarifários relativos a fontes incentivadas (R$ 5,2 bilhões), Conta de Consumo de Combustíveis (R$ 4,2 bilhões) e geração distribuída (R$ 3,1 bilhões).
O montante representa um impacto médio de 13,5% sobre as contas de luz do país, como mostra o subsidiômetro da Agência Nacional de Energia Elétrica: https://lnkd.in/d8ybEePz. No ano, essa conta deve atingir cerca de R$ 35 bilhões, contribuindo para colocar o custo da energia pago pelos brasileiros entre os mais elevados do mundo.
A reversão do problema passa por uma reavaliação de todos os encargos incidentes sobre as contas de luz, com a manutenção apenas daqueles que são essenciais. E, mesmo no caso desses, devem ser identificadas alternativas de cobertura de seus custos, de modo a não mais onerar os consumidores de energia.
O problema é que seguimos na direção contrária: levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 56 dos 453 projetos em tramitação no Congresso Nacional que tratam de energia podem levar a aumentos nas contas de luz. Isso porque um em cada dez definem subsídios ou novos encargos, que geram aumentos de custos para os consumidores.
É urgente suspendermos essa prática!